terça-feira, 29 de setembro de 2009

Warren Ellis Ensina a Roteirizar

por: joão Deyvid;



É com grande prazer que vos apresento o mestre da escrita, conhecido como "o Inglês maluco" o genial Warren Ellis; no texto a seguir Ellis ensina a receita do sucesso (no sentido qualitativo) de um roteiro, fiquem agora com o melhor:

"A pergunta que mais me fazem é "que conselho você pode me dar sobre escrever Quadrinhos?" Os detalhes variam e, às vezes, há uma questão que se segue. Mas é a mesma pergunta de cara.
Bem, veja. Há alguns lugares diferentes sobre escrever quadrinhos no meu site. Que é http://www.warrenellis.com/. Fácil achar. Os artigos estão na seção "Writing" [Escrever], e na área "Gutters" ["calhas", ou os "brancos" entre um quadrinho e outro] da seção sobre escrita. Dê uma olhada nelas.
Mas o que vou fazer aqui, só para ser um Cara Legal e te ajudar, é dar a você o Guia do Blefador para Digitar Histórias Com Poucas Palavras e Desenhos Grandes. Que é o termo técnico para Histórias em Quadrinhos que Scott McCloud deixou de fora no seu DESVENDANDO OS QUADRINHOS [UNDERSTANDING COMICS].
Não, sério.
1. PREPARAÇÃO
Tranque seus gibis num armário por enquanto. Você vai à biblioteca. Não se pode aprender a escrever lendo gibis. Você vai ler alguns livros de verdade por enquanto. Assim é como todo escritor que conheço aprendeu a escrever: estudando grandes escritores e aplicando as lições aprendidas para seus próprios interesses e objetivos. Você não conseguiu Alan Moore sem Thomas Pynchon, você não conseguiu Eddie Campbell sem Henry Miller, nenhum Grant Morrison sem William Burroughs. Olhe o modo como escritores sérios estruturam suas histórias. Olhe o modo como apresentam o diálogo. Olhe os efeitos que eles conjuram, e esquematize como eles fazem isso. Fique um tempo com Dickens. É, é, eu sei. Cale a boca. Ele tem aplicação especial nos Quadrinhos, porque Quadrinhos ainda são uma forma seriada, e Dickens é o escritor da língua inglesa mais eficiente neste formato que já existiu. O ponto é: entenda como os meninos e meninas grandes colocam palavras juntas no Mundo Real. Ache o que você gosta. Encontre o que funciona para você. E traga isso de volta.
Agora você pode desenterrar seus gibis de novo. Porque você vai destruir suas chances de jamais ter um simples divertimento com eles de novo. Você vai se sentar com aqueles que acha que são realmente bons e vai rasgá-los para descobrir o que está dentro deles. Frank Miller não conseguiu ser Frank Miller até que rasgou e abriu Will Eisner e Johnny Craig e Bernie Krigstein e todas as outras malditas coisas em que ele colocou suas mãos – e descobriu como funcionavam. Você vai ler e apontar e anotar e olhar fixamente pra essas coisas até nunca mais querer vê-las de novo (o efeito se desfaz em uns dez anos).
Você no momento tem quatro ferramentas-extra disponíveis consigo. E pode se considerar sortudo pra cacete por tê-las, porque elas não estavam por aí quando eu era um garoto, vivendo numa vala ao lado da estrada.
São livros.
QUADRINHOS E ARTE SEQÜENCIAL [COMICS AND SEQUENTIAL ART] e GRAPHIC STORYTELLING de Will Eisner. Will Eisner é com certeza o maior inovador ainda vivo do formato Ocidental, e eu diria que ele esqueceu mais sobre Quadrinhos do que a maioria do resto de nós sabe na realidade – mas ele não esqueceu, porque colocou nesses livros. Eles vão te fornecer muitas teorias para considerar, e conselhos para você pegar ou largar à medida que constrói sua própria abordagem, e eles também vão te ajudar a começar a escrever visualmente.
DESVENDANDO OS QUADRINHOS [UNDERSTANDING COMICS], de Scott McCloud, é uma boa e longa olhada em toda a mídia [de HQ], em escala global, esgueirando-se por dentro dela para mostrar a você o material bom. Eisner e McCloud são ambos escritores/desenhistas, então a experiência deles na mídia pode não ser a sua, mas são todos livros fascinantes e educativos.
WRITERS ON COMICS SCRIPTWRITING [ESCRITORES FALANDO DE ROTEIRIZAÇÃO DE QUADRINHOS] é um compêndio de entrevistas exclusivas com escritores de quadrinhos, cada qual acompanhada de uma amostra da sua escrita, tirada das páginas de roteiros originais. Foi publicado pela Titan Books em 1999 [Nota: não no Brasil, blé]. Os entrevistados incluem Garth Ennis, Frank Miller, Grant Morrison, Neil Gaiman e eu. Entenda, esses livros não são bíblias. São visões atentas e informadas sobre a mídia por pessoas que têm feito isso há mais tempo que você.
2. O FORMATO
Há duas maneiras geralmente aceitas de escrever um roteiro para quadrinhos. A primeira é o estilo desenvolvido por Stan Lee para escrever pencas de malditos gibis por mês. Quando deu o pontapé inicial na Marvel Comics nos anos 60, ele era muito por sua conta responsável por alimentar uma manada bem grande e crescente de desenhistas, em mais de meia dúzia de títulos por mês. QUARTETO FANTÁSTICO, HOMEM-ARANHA, OS VINGADORES, quaisquer gibis em que o DR. ESTRANHO e HOMEM DE FERRO e CAPITÃO AMÉRICA e todos aqueles outros personagens estivessem aparecendo... ele escrevia todos. Era uma produção heróica, uma explosão assustadora de poder criativo sustentado. Mas vai ficar claro que nenhum ser humano pode produzir essa quantidade de roteiro completo [full script] dentro daqueles prazos – e ele estava editando a maldita linha de revistas também, lembre-se.
(Suspeito que haja um livro sobre esses primeiros dias da Marvel que precisa ser escrito – sempre me pareceu ser o Velho Oeste das publicações de quadrinhos; homens estranhos de meia-idade batendo sem parar nas teclas e pranchetas noite adentro, sendo capazes de suportar-se tempo suficiente para produzir esse monte de trabalho seminal, destruidor da saúde.) Então Stan Lee desenvolveu o que chamamos hoje de Marvel-style [estilo Marvel]. Isso envolve primeiro separar a história em prosa, muito rusticamente, deixando para o artista interpretá-la, traduzi-la em quadrinhos desenhados. Essa fase é chamada de Plot [Argumento], e normalmente se parece com isso:
PÁGINA UMMad Joe Babymaker ["Zé Maluco Faz-Neném"] abre com um empurrão a porta da cabana, usando seu uniforme roubado da polícia, armado com seu diaparador de pregos e carregando sua sacola de testículos decepados. Dentro da cabana, na cama improvisada feita de caixotes e pessoas galesas, sua bela esposa e assassina psicótica Silky ["Sedosa"] está violentamente cavalgando Kurt Busiek [Nota: famoso roteirista de super-heróis]. Mad Jack liga com um tranco seu disparador de pregos – o cano gira em velocidade num zumbido horrível. Ele está mortiferamente enraivecido. "Kurt," ele diz. "Eu tenho negócio a resorver contigo, seu bastardo manchado de bebida suja."
Sim, você está certo. Essa página de argumento foi mesmo tirada do novo título de Rob Liefeld, YOUNGBLOOD; SHAG ME BACKWARDS, A NEW GENERATION BABY [YOUNGBLOOD; ME COME POR TRÁS, UMA MINA DA NOVA GERAÇÃO]. Desculpe por isso, Rob.
Mas você pegou a idéia. Você transmite o que precisa acontecer em cada página para o desenhista, que então interpreta isso. Estou cuidadosamente usando essa palavra, "interpretar". Desenhistas não são como você e eu. Os cérebros deles não têm a fiação montada da mesma forma. Para usar meu exemplo favorito, um exemplo da vida real -– onde você vê uma cena com dois personagens conversando entre si, explicando partes cruciais do enredo e construindo sua personalidade, um artista pode ver a oportunidade para uma imagem muito muito grande de um dinossauro. Quer dizer, se você estiver trabalhando com George Pérez, você tem cobertura. George é um excelente contador de histórias. George vai cuidar de você e na realidade vai fazer você parecer melhor do que você é de verdade, como descobri. Mas vamos encarar os fatos. George é ocupado e as chances são boas de você conseguir [trabalhar com] o Caipira [Hillbilly Guy]. O Caipira tem três olhos, está fodendo a mãe, a prima e a irmã e são todas a mesma mulher, e ele acha que troncos e esquilos mortos são realmente 'bunitu'.
Então eventualmente a redação editorial vai mandar pra você a arte para completar a segunda fase do seu trabalho. Essa fase, confusamente, é chamada Roteiro [Script]. Aqui, você tem de escrever o diálogo, casando-o com a arte. Aí é que a dor do Marvel-style penetra na pele. Na Página Um, você planejou a revelação que Silky Babymaker estava dando uma com Kurt, o terror da bebedeira-de-cerveja-caseira-dos-sete-mares-e-banheiros-externos de todos os lugares. Mas o Caipira te deu uma página de imagens belamente representadas por troncos com cortes em talhos, esquilos mortos pendurados em toda volta. Ah, merda, você diz. Ah, merda.
Mas você tem de colocar diálogo nisso de qualquer forma. De fato, com mais freqüência que se espera, você precisa marcar na fotocópia da arte onde o diálogo deve ir. Considera-se de certa ajuda se você numerar cada pedaço de diálogo seqüencialmente, e casar esses números com os que você colocou nas indicações da arte. Então se a primeira fala é Silky berrando "Oh meu Deus! Eu só caí em cima dele, sério!", então você desenha um balão vindo da boca da moça com um número 1 nele, e a primeira fala do roteiro dessa página diz:
SILKY 1; "OH MEU DEUS! EU SÓ CAÍ EM CIMA DELE, SÉRIO!"
Cristo, mais de mil palavras já. Continua na edição seguinte.
créditos: angelfire.com

domingo, 27 de setembro de 2009

Dica de livro: "Porque a s coisas nunca dão certo"


Por João Deyvid;




Ou "O Princípio de Peter Passado a Limpo" (de Laurence J. Peter ) este é um dos meus livros de cabeceira favoritos, uma obra que com certeza se destaca das outras em seu gênero, o livra traz a tona a revelação do Princípio de peter: " Numa hierarquia, todo indivíduo tende a atingir o seu nível de incompetência", é com essa premissa que adentramos numa análise filosófica da incompetência humana, Laurence J. Peter aborda de forma irônica e por vezes divertida, várias facetas de nossa imcompetência em diferentes setores da sociedade, seja no campo social, militar, político, educacional e etc; Uma vez entendido o princípio de Peter, torna-se perceptivel o caminho da incompetência e os modos de evitá-la, o próprio escritor descreve sua fuga da constante incompetência no meio hierarquico (sempre com bom humor). Dentre os vários exemplos trazidos no livro, o capítulo Inteligência militar-que traz o slogan "Uma contradição em termos- é com certeza o que mais rende boas risadas. Filosofia, história, cultura e bom humor são os ingredientes deste grande livro.








Recomendo a todos!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tecnologia Celestial (parte 1)


Por: João Deyvid;







A bíblia é com certeza o livro mais popular do mundo, mas o número de pessoas que a lêem por completo tentando entender seu conteúdo (histórico, filosófico, científico ou religioso) é muito reduzido. Por isso muita coisa se perde na interpretação bíblica (como a africanidade da mesma-vide matéria o Negro na bíblia). Um bom exemplo desse desperdício de informação é o fato da bíblia trazer em seus textos a mais de 2.000 anos a informação de que a terra é redonda "Isaías 40:22" (a palavra usada para redondeza nesse caso é hügh que em português seria esfera, arca ou abóbada ) e que pairava sem sustentação no espaço " 26:7".

Agora levemos em consideração toda tecnologia que o ser humano foi capaz de imaginar ou criar, seguindo o preceito de que o Criador possui um intelecto infinitamente superior ao do ser humano "I Corintios 3:18 a 23" Qual tipo de tecnologia é usada pelos seres celestiais? O milenar livro nos responde esta pergunta:
Quem não lembra dos famosos sabres de luz de "Guerra nas estrelas", pois eles estão presentes na bíblia, não com o mesmo nome concebido por George Lucas é claro; mas com descrição bem semelhante, segundo o livro de Gênesis os Querubins (anjos de guarda) empunhavam espadas que se revolviam com um tipo de chama (Gn 3:24)


Já no livro de II Reis "2:11" o profeta Elias é visitado por um veículo incomum (inexistente na terra) mandado por Deus, este veículo voa, se assemelha a uma carruagem ou carro, brilha como fogo e deixa um redemoinho ao se deslocar.

Outra parte bastante interessante/intrigante é a descrição da Nova Jerusalém, a cidade santa, o livro de Apocalipse "Ap 21:16 ao 22" dá detalhes muito precisos de sua forma e funcionalidade, segundo os versos bíblicos a cidade é de base quadrangular (podendo ser um grande cubo ou pirâmide), possui 144.000 mil côvados, o tamanho de doze mil estádios, o que daria 2.200 Km quadrados, João a descreva como uma cidade cintilante que possui capacidade de vôo, possui 3 grandes portais de cada lado, 12 portais ao todo, sendo cada portal feito de uma única pérola. é importantes ressaltar que o Apóstolo João viveu a 2.000 anos atrás, onde não havia nenhum tipo de maquinário semelhante ao nosso, então tudo que ele via de desconhecido tentava comparar comparar com algo mais semelhante possível para tornar inteligível a descrição.







João Deyvid, setembro de 2009.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Warren Ellis mostra novo preview de Planetary 27.

Ellis liberou mais imagens da tão esperada conclusão da melhor série em qudrinhos desde Watchmen.






dessa vez são 6 páginas:




Aqui link com as páginas em tamanho maior