domingo, 6 de dezembro de 2009

Personagens negros na bíblia

Por João Deyvid;

Reflexão sobre a importância da África dentro do contexto bíblico, e análise da contribuição dos povos negros para o crescimento da mensagem cristã.

O continente Africano é o berço da humanidade e também, o das civilizações, no século XVIII, após a decifração da pedra roseta tomamos conhecimento que praticamente todo conhecimento científico e filosófico que foi a base da sociedade ocidental teve origem no Egito, ou seja, na África.

Porém a África ainda hoje é um continente desconhecido para a maioria da população Brasileira, as escolas, igrejas e meios sociais não estudam a história africana, mesmo que este passado esteja tão presente em nosso dia a dia, seja pela língua, pela cultura, pelas religiões e etc.

Em nossa cultura o Cristianismo é o movimento religioso que reúne mais adeptos, e o mesmo é contrário a idéias de supremacia racial e consequentemente contra o preconceito, então você pode se perguntar: se o cristianismo não faz acepção de cores, onde estão os personagens bíblicos negros? -uma pergunta pertinente!- “Em toda a Bíblia onde sempre estiveram”-seria a resposta mais exata - talvez você nunca os tenha percebido; por uma questão cultural, infelizmente temos uma visão “Eurocêntrica” da história e da religião, essa visão européia excludente nos impede de perceber as diferentes contribuições Multi-étinicas e culturais, o que propicia uma desvalorização de nossa identidade Afro-descendente.

Hoje ainda insistem em exibir um Cristo de traços europeus, anjos loiros, profetas brancos, que a igreja Católica criou, para garantir a superioridade e o poder das etnias claras que dominavam o mundo na Idade Média.

Você já pode ter ouvido falar que foram os europeus que levaram a Bíblia para a África! Mas a Bíblia é um livro afro-asiático e se lermos com atenção perceberemos que quase toda a historia do Êxodo se passa na África, especificamente no Egito, o faraó e sua corte, portanto eram negros, apesar de todos termos conhecimento de que o Egito fica na África nunca paramos para pensar nesses personagens como negros de fato.

A seguir veremos alguns dos vários personagens negros que compõem a história bíblica:

José se casou com uma mulher etíope/negra (Gênesis 41:50-52), e os seus dois filhos (Manassés e Efraim) se tornaram líderes de tribos judaicas.

Moisés, profeta que levou os Israelitas à terra prometida casou-se com a filha de Jetro, Zípora (Êxodo 2: 21) uma africana que foi posteriormente discriminada por Miriam (irmã de Moisés) e por esse ato de preconceito Deus castigou severamente a Miriam (Números 12: 1-12). É importante lembrar que Deus no Antigo Testamento proibiu o casamento entre algumas etnias, não por causa da origem e sim pela religião pagã que esses estrangeiros seguiam, mas permitiu que os israelitas casassem com mulheres cusitas/etíopes ( negras) Êxodo (34: 11 e 16). Há diversas passagens Bíblicas que demonstram que Deus mantinha uma relação única com os etíopes, assim como mantinha com os Israelitas: “Não me sois, vós, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes?” (Amós 9:7), “Príncipes virão do Egito; a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos” (Salmo 68:31).

“Dalém dos rios da Etiópia, meus zelosos adoradores, que constituem a filha dos meus dispersos, me trarão sacrifícios”. (Sofonias 3:10); Deus classificou os etíopes como “zelosos adoradores” o que demonstra a obediência desse povo;“E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Elã, e de Sinar, e de Hamate, e das ilhas do mar. (Isaías 11:11)

É interessante ressaltar que assim como Israel, a África também tinha conhecimento do Deus bíblico e era visto pelo Próprio Deus como povo fiel, é possível ver hoje que Alguns povos africanos possuíam o conhecimento da história bíblica, isso se torna evidente em um conto africano que narra a criação do mundo pelo Deus “tri uno” que tinha três nomes e três manifestações Nzamé, Merebe, Nkwa, (respectivamente Pai, Filho, Espírito Santo) história essa contada a mais de 3 mil anos na Região de Uganda*, percebe-se aí que Deus já era adorado por outros nomes e por outra cultura, muito antes do contato com o povo Europeu.

*Ver texto em anexo (A criação do Mundo/ lenda africana).

Os judeus Falasha Etíopes, que vivem na Etiópia e Israel reivindicam a descendência direta de Abraão (Patriarca Árabe), pois a Matriarca dos árabes era uma Africana', do Egito, chamada 'Agar'. (Gênesis 21: 8).

Uma análise do Canto de Miriam (Ex 15: 19-21), que compõe um dos textos mais antigos de toda a Bíblia, nos permite notar a proximidade da cena com a rica cultura dos povos negros: canto e dança ao redor dos tambores, claramente estavam praticando costumes africanos que adquiriram durante o tempo em que viveram no Egito.

A maior parte dos etíopes traça as suas raízes à rainha de Sabá, esposa mais amada de Salomão, a bíblia diz que ela tinha a pele escura “como as tendas de quedar” (Cantares 1: 5), as tendas de quedar eram feitas da lã mais negra ressaltando também que o livro de cantares, um livro dedicado ao amor foi escrito pelo Rei Salomão em homenagem a ela, e desse amor nasceu Meneleque (seu filho preferido), é interessante perceber como há tempos temos evidências como essas na bíblia, que passam quase imperceptíveis, em detrimento de uma visão “viciada” em não valorizar o negro.

Mas os personagens bíblicos negros não se resumem só a coadjuvantes das histórias bíblicas, temos também Profetas afro-descendentes como Sofonias, que era um negro descendente de Cush/ Cusi (região africana) Sofonias (1:1).

Por contrariar os interesses da corte de Jerusalém, pouco antes da destruição da cidade, o profeta Jeremias foi preso e lançado numa cisterna, um africano, funcionário do rei (Ebed-Melec, significa “ministro do rei”), liderou um movimento para libertar Jeremias (Jeremias 38,1-13) fato esse também “inocentemente” ignorado por muitos teólogos.

Os evangelhos são unânimes em afirmar que um certo Simão de Cirene ajudou Jesus a carregar a cruz, a caminho do Calvário (Mt 27.32; Mc 15.21; Lc 23. 26). Ora, Cirene fica no norte da África, mas alguma vez você ouviu falar em um sermão que um africano ajudou Jesus a carregar a cruz? “Coincidentemente” esses detalhes são esquecidos de ser mencionados, o que contribuiu/contribui para uma visão Afropessimista, mesmo dentro das religiões.

Os Cirênios repartiram o evangelho com os gregos filhos de Jafé (Atos 11:20). Nitidamente os africanos já conheciam a palavra de Deus: o missionário Filipe, ao “aceitar a carona” na carruagem do negro e alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia, tem uma grata surpresa: o africano já tem em suas mãos o livro do profeta Isaías (Atos 8: 26-40).

A igreja católica muito colaborou para uma visão branca da Bíblia com seus afrescos, e pinturas renascentistas, onde cenas Bíblicas eram retratadas com imagens de pessoas brancas de bochechas rosadas, como por exemplo, a capela Cistina, mas existem pinturas com mais de 1500 anos na Etiópia que já retratavam Jesus e alguns de seus discípulos como negros.

É um fato indiscutível de que o cristianismo experimentou um estabelecimento inicial e frutífero na África do Norte, Egito e Etiópia. Poderia haver dentre os apóstolos algum negro? A Bíblia nos revela que sim, pois o Apóstolo Paulo em um caso de erro de identidade foi classificado como Egípcio (Atos 13: 2,3), se Paulo fosse branco não teria sido confundido com um egípcio, negro.

Além de Paulo há a possibilidade de Simão, o Zelote (palavra equivalente a Cananita) ser também um apóstolo negro (Mateus 10:4), pois os Cananitas eram negros, e sofreram grande preconceito, por causa da igreja medieval que criou a teoria de que teriam a pele escura por causa de uma maldição que Nóe lançou sobre Cam (ascendente dos Cananitas); e por esse motivo deveriam ser escravizados. Por não conhecer a “Africanidade” de muitos heróis Bíblicos, ou por ignorar propositalmente é que se permitiu a criação de teorias racistas como essa dentro de uma religião que se denomina cristã.

Um documentário da BBC de Londres recentemente levantou e defendeu a hipótese de Jesus ter sido negro, esse documentário causou muita polêmica na Europa, o interessante é que ninguém tem provas conclusivas da cor de Jesus, mas todo mundo aceita quando alguém diz que ele era branco ou o representa como tal, ninguém questiona o fato de ele ser muitas vezes representado com cabelos claros e olhos azuis (aparência essa que jamais poderia ter, pois era um Judeu), por outro lado é só dizer que ele poderia ser negro que as pessoas começam a questionar, isto é com certeza uma forma de externar a discriminação racial, que em nada se encaixa com os valores cristãos...continua

Quem desejar a matéria na íntegra, é só deixar um comentário com e-mail.

e-mail: joao.deyvid@hotmail.com

sábado, 5 de dezembro de 2009

Uma visão crítica sobre 2012



Recentemente ficamos sabendo que um ciclo solar que terá seu pico em 2012 trará tempestades solares que podem deixar boa parte da humanidade na escuridão por meses antes que os reparos sejam efetuados. Durante este período certamente o caos irá se instaurar em várias partes do mundo.

Nosso planeta também parece estar sofrendo alguns os sintomas da nossa ocupação.

Coincidentemente (ou não)o calendário Maia (povo de incrível conhecimento científico) indica que esta data marca o fim e começo de um novo ciclo da vida humana. A profecia maia já tomou uma grande proporção na internet e milhões acreditam firmemente que o mundo vai acabar em 2012 (o que não tem nada aver com a referida profecia). Fato é que a profecia Maia está vendendo muitos livros e rendendo muitas palestras, documentários e DVDs pelo globo. Há uma infinidade de teorias diferentes.

Porém o calendário de conta longa é apenas um entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos meses, anos e séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias formam um “mês”, ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns faziam um katun e assim sucessivamente. Enquanto o nosso sistema de contagem de séculos não leva a um fim, o calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que para muitos estudiosos (não há um consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012.

Isso não significa que eles esperassem pelo fim do mundo naquele dia. “Os povos ameríndios não tinham apenas uma concepção linear de tempo, que permitisse pensar num fim absoluto”, diz Eduardo Natalino dos Santos, professor de história da América Pré-hispânica da USP. “Em nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último.” A maioria dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário se reiniciaria. Assim como, para nós, o 31 de dezembro é sucedido pelo 1 de janeiro, para eles o dia 22/12/2012 corresponderia ao dia 0.0.0.0.1

A realidade é que a profecia maia é, do ponto de vista científico, apenas um mito (mas que possui relação sim com atividades solares).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A questão étnica e o racismo hoje!



Por: João Deyvid;


Aqueles que me conhecem ou mantém contato comigo via web sabem que um tema recorrente de minha verborragia é a questão étnica, as relações etno-sociais, o Racismo e suas implicações, políticas, psicológicas e etc, esta discussão se mostra redundante em meu diálogo em decorrência de sua importância e do peso que esta sem sobre a sociedade, que na maioria das vezes fecha os olhos para esta problemática, é mais cômodo fingir que a questão da discriminação em nosso País é social, ou fruto de um sentimento de inferioridade do individuo negro, porém para aqueles que dedicam parte de seu tempo para um estudo sociológico, ainda que tenha como ferramenta de estudo o senso comum, é visível um sistema excludente, segregador e explorador em nossa sociedade que tenta manter a sociedade negra estagnada e a margem dos direitos da pessoa humana, mas para adentrarmos no viés dessa discussão, temos que fazer alguns esclarecimentos:

Racismo o que é?

O racismo é um preconceito contra um “grupo racial”, geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito, e, como tal, é uma atitude subjectiva gerada por uma sequência de mecanismos sociais.
Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de iniquidade.
Nesse contexto, a falta de análise crítica, a aceitação cega do mito gerado dentro do próprio grupo e a necessidade de continuar ligado ao seu próprio grupo levam à propagação do mito ao longo das gerações. O mito torna-se, a partir de então, parte do “status quo”, fator responsável pela difusão de valores morais como o "certo" e o "errado", o "aceito" e o "não-aceito", o "bom" e o "ruim", entre outros. Esses valores são aceitos sem uma análise onto-axiológica do seu fundamento, propagando-se por influência da coerção social e se sustentando pelo pensamento conformista de que "sempre foi assim".
Finalmente, o mecanismo subliminar da aceitação permite mascarar o prejuízo em que se baseia a discriminação, fornecendo bases axiológicas para a sustentação de um algo maior, de posturas mais radicais, como as atitudes violentas e mesmo criminosas contra membros do outro grupo.
Convém ressaltar que o racismo nem sempre ocorre de forma explícita. Além disso, existem casos em que a prática do racismo é sustentada pelo aval dos objetos de preconceito na medida que também se satiriza racialmente e/ou consente a prática racista, de uma forma geral.

Negro Racista?

O indivíduo Negro não pode ser racista, existe aí uma impossibilidade etimológica, um negro (até em auto-defesa contra a sociedade racista ) pode insurgir-se contra os brancos, mas aí teríamos um caso discriminatório e não racista, pois para cometer racismo (não confundir com o ato de discriminação) o sujeito da ação deve estar no topo da escala hierarquíca socio-histórica (como o branco) e do ponto de vista histórico, cultural e social não há efetivamente nenhuma probabilidade de que brancos no Brasil sofram racismo, na definição de racismo vemos que este deve ser seguido de uma série de mecanismos sociais, tal qual a doutrina católica medieval de que o negro não possuía alma, teorias sobre o baixa intelectualidade dos negros, demonização da cultura africana entre outros vários exemplos de ferramentas usadas para criar o afropessimismo (visão pessimista sobre os negros, seus costumes, estética e tradições, teorias criadas para manter o domínio branco em todas as camadas do convívio social e que perdura até hoje).

O mito da democracia Racial

O mito da democracia Racial foi criado pela elite Brasileira como forma de dominação, e arma para manter os negros e a sociedade em geral conformada com a situação do negro, desde o primeiro encontro entre o colonizador português, o escravo africano e o nativo indígena, a fábula das três raças é contada de geração a geração, propagando o fato de que o povo brasileiro é resultante da mistura entre brancos, negros e índios. Essa ideia traz em sua essência a crença de que o Brasil, fruto desta mistura, é um lugar onde as relações ocorrem de forma harmônica e pacífica, em um verdadeiro éden de respeito racial e humano.
Segundo essa tese, a partir da mistura da raça branca (superior) e da raça negra (inferior), haveria um melhoramento da genética dos brasileiros. Este ideal de branqueamento foi incutido na sociedade brasileira ao longo de toda sua história, de tal maneira, que levou o próprio negro à sua auto negação, levando a uma fragmentação das identidades raciais no país.
essa situação possibilitou às elites brasileiras, que comandavam o país, difundir a idéia de que o Brasil era livre de preconceitos e discriminação racial. As circunstâncias histórico-sociais apontadas fizeram com que esse mito manipulasse os mecanismos sociais através da defesa dissimulada de atitudes, comportamentos e ideais aristocráticos da raça “dominante”.
O mito da democracia racial possibilitou que uma das formas mais perversas de racismo se propagasse no Brasil, aquela mascarada pelo status democrático, cuja aceitação e compreensão das diferenças não passam de pura dissimulação.
Alguns estudiosos apontam que este mito teria sido um dos mecanismos de dominação ideológica mais poderosos produzidos no país, tanto que, apesar de toda a crítica que a ele foi feita, o mito permanece bem atual.

Racismo Hoje

Podemos constatar que o racismo é a representação de uma desigualdade étnico-racial que atinge o Brasil de forma vergonhosa e assustadora desde o período colonial. A raça negra foi cruelmente massacrada, humilhada e escravizada com base no racismo. Os livros de história contam detalhadamente os episódios de sofrimento e servidão deste povo, mas não expõem a história da África e do povo negro antes da escravidão. Existe uma grande lacuna a este respeito. Os livros didáticos, na sua grande maioria, dão maior ênfase aos episódios de humilhação e dor ocorridos com os negros no Brasil, mas não relatam as conquistas e como era a vida deste povo, quando em liberdade na África. Vale lembrar que, deste continente, surgiram grandes civilizações. A história desta raça, suas origens, cultura e antepassados, merecem respeito e atenção.A criança negra, na escola, só tem acesso à história de seus antepassados como um povo escravo, humilhado e inferior. Então, é compreensível que queira esconder ou anular suas origens e sua cor. Os colegas de classe dessa criança, pertencentes a outras raças, aprenderão o mesmo conteúdo racista, desencadeando todo um processo de preconceito étnico e racial. As escolas ensinam que os negros foram escravos e que, no dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel do Brasil e o conselheiro Rodrigo Augusto da Silva assinaram a Lei Áurea extinguindo assim, a escravidão no Brasil. Mas, a abolição não ocorreu efetivamente, pois, ainda hoje, o negro é visto como subalterno e de raça inferior. E, as principais mantenedoras deste "status quo" é a educação e a mídia.

Bibliografia:

FERNANDES, Florestan, O Mito Revelado, art. Publicado em Folhetim de São Paulo, 1980, reeditado na Revista Espaço Acadêmico Ano II nº 26 – 2003.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio. Classes, raças e democracia. São Paulo: Editora 34, 2002.
DA MATA, Roberto – “A Fábula das 3 Raças ...” in Relativizando. RJ, Rocco, 1987



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Filme- Besouro o herói negro!

Por João Deyvid;

Inspirado em fatos reais, Besouro será um filme de aventura, paixão, misticismo e coragem sobre este personagem real que se tornou lenda. A proposta é que ele seja para capoeira o que o " Herói e O Tigre e o Dragão" foram para as artes marciais orientais: um espetáculo de aventura, onde a paixão, o misticismo e a emoção têm papel central. Besouro (Ailton Carmo) foi o maior capoeirista de todos os tempos. Um menino que - ao se identificar com o inseto que ao voar desafia as leis da física - desafia ele mesmo as leis do preconceito e da opressão. Passado no Recôncavo dos anos 20. Uma história imortalizada por gerações, que chega aos cinemas com ação e poesia no cenário deslumbrante do Recôncavo Baiano. Nem preciso dizer que minhas expectativas são enormes.

Trailer: http://www.besouroofilme.com.br/







segunda-feira, 9 de novembro de 2009



Por: João Deyvid;

"Ser ou não ser eis a questão", "há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia", "há algo de podre no Reino da Dinamarca" se você não conhece essas citações com certeza você é um visitante de outro mundo onde o grande dramaturgo Inglês não existiu, ou então você está culturalmente morto. Esta é uma das peças mais famosas de Shakespeare e a que mais divaga pelos conceitos filosóficos que regem a mente humana. Hamlet é o espelho da insegurança humana.

Após terminar seus estudos Hamlet, Príncipe da Dinamarca, retorna para o Palácio de Elsinore e encontra seu tio Claudius casado com Gertrude, sua mãe. Bernardo, Horatio e Marcellus três amigos de Hamlet, falam a ele sobre um fantasma que parece ser seu falecido pai, que morreu há poucos meses. Hamlet acaba vendo aparição e a segue através do bosque. Ao encontrá-la, ela diz que precisa ser vingado, pois, apesar de se ter tido que o falecido monarca morreu devido à uma picada de cobra, a aparição afirma que a serpente que picou seu pai usa agora sua coroa e que, de uma única vez, tudo lhe foi tirado: a vida, a coroa e a rainha. Hamlet jura vingança e quando o rei e a rainha mandam vir amigos de Hamlet, para ver o que está errado com ele, o jovem príncipe assume um ar de louco, neste misto de vingança e auto-conhecimento William Shakespeare visita várias facetas da personalidade humana em uma de suas maiores obras, este é mais um dos seletos livros que tenho em minha mais alta estima. Recomendo a todos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Kick Ass




Por: João Deyvid;

Imagine que um dia qualquer um adolescente que lê gibis de heróis questione: "por que ninguém nunca resolveu colocou um uniforme e saiu as ruas para combater o crime?, enfrentando gangsters, ladrões e outros criminosos apenas com a cara a coragem e o que tiver na mão?" o senso comum diria: porque é idiotice e morte certa! mas para Dave Lizewski isto é exatamente o correto a se fazer diante de um mundo como o nosso, mas você pode estar pensando que esta premissa já foi abordada em filmes como o batman, demolidor e outros, ok mas diferencial de kick Ass está no fato de ser ambientado num mundo igual ao nosso, onde pessoas comuns são apenas pessoas comuns, sujeitas a uma boa surra, tiração de sarro (afinal uniformes de quadrinhos são ridículos em sua maioria) ou a morte quase certa. A adaptação ao cinema da HQ escrita por Mark Millar e desenhada por John Romita Jr. O filme está tem previsão de sair em 2010, vamos torcer para que seja tudo que promete ser!

Aaron Johnson, Christopher Mintz-Plasse, Nicolas Cage, Chloë Moretz, Lyndsy Fonseca e Duke Clark estão no elenco. A HQ saiu nos EUA pela linha Marvel Icon e permanece inédita no Brasil.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

TV- Malcom X na Band



Por: João Deyvid;

A Band vai exibir nesse sábado ás 22ho filme Biografico do famoso líder afro-americano Malcom X(Denzel Washington no Papel) que teve o pai, um pastor, assassinado pela Klu Klux Klan e sua mãe internada por insanidade. Ele foi um malandro de rua e enquanto esteve preso descobriu o islamismo. Malcolm faz sua conversão religiosa como um discípulo messiânico de Elijah Mohammed (Al Freeman Jr.). Ele se torna um fervoroso orador do movimento e se casa com Betty Shabazz (Angela Bassett). Malcolm X ora uma doutrina de ódio contra o homem branco até que, anos mais tarde, quando fez uma peregrinação à Meca abranda suas convicções. Foi nesta época que se converteu ao original islamismo e se tornou um "Sunni Muslim", mudando o nome para El-Hajj Malik Al-Shabazz, mas o esforço de quebrar o rígido dogma da Nação Islã teve trágicos resultados. Uma bela História de um homem que à sua maneira lutou incesantemente para defender seus irmãos negros da opressão de um País marcado pela segregação Racial.


Malcom x

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Filosofia Quadrinesca

Por: João Deyvid;
Hoje pela manhã no meu trabalho, uma colega de trabalho disse-me que estava a procura de um livro para seu filho de 11 anos ler durante as férias, eu afirmei que sim possuía alguns livros infantis, mas recomendei que ela desse gibis para o garoto, ela me olhou meio torto com aquele ar de desconfiança (natural de pais preocupados com o aprendizado de seus filhos) e eu completei dizendo que os quadrinhos tinham grande conteúdo relevante, além de aprimorar a escrita, a fala e etc. Ademais, ao sair do trabalho o assunto assombrou-me como um "fantasma do natal passado" pedindo por uma postagem, afinal Quadrinhos estão recheados de conhecimento Cultural, histórico, biológico, antropológico e científico em geral (vide Will Eisner, Alan Moore, Warren ellis, Vaukghan e etc) , na maioria das vezes contemplo mais "riqueza" nos quadrinhos do que nos chamados livros infantis que geralmente limitam-se muito, subestimando a capacidade cognitiva de nossas crianças, mas o acontecido devorou minha mente como um tigre voraz, acompanhado de um menino loiro e levado, sim ele mesmo o Calvin (Calvin e hobbes no original fazendo alusão a João Calvino reformador religioso do século XVI e a Thomas Hobbes famoso filósofo do século XVII ) criado por Bill Watterson o menino e seu urso de pelúcia sempre se deparam com questões filosóficas, políticas ou simplesmente lugares comuns do pensamento, uma forma divertida de refletir sobre questões pertinentes ao ser humano.
Calvin é um garoto de seis anos de idade cheio de personalidade, que tem como companheiro Hobbes, um tigre sábio e sardónico, que para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro, mas para os outros não é mais que um tigre de pelúcia. De acordo com algumas visões, as fantasias mirabolantes de Calvin constituem frequentemente uma fuga à cruel realidade do mundo moderno para a personagem e uma oportunidade de explorar a natureza humana para Bill Watterson.
Abaixo algumas das tiras do Calvin:



Mais tiras:

Filme- Príncipe da Pérsia


Por: João Deyvid;

Em Breve teremos mais uma Adaptação para o cinema, desta vez é Prince of Persia: The Sands of Time, do game da Ubisoft. Na trama, o vilão Nizam (Ben Kingsley) arma o assassinato de seu irmão, Shahrman, o soberano de Pérsia, e bota a culpa no príncipe Dastan (Jake Gyllenhaal) para poder assumir o trono. Alfred Molina também está no elenco. Mike Newell (Harry Potter e o Cálice de Fogo, O Amor nos Tempos do Cólera) dirige o filme, que tem estreia prevista para 28 de maio de 2010.

Veja o trailer aqui.

sábado, 31 de outubro de 2009

Mundo Estranho- Fenômeno estranho nos céus de Moscou


Por João Deyvid;


Um estranho círculo luminoso nos céus de Moscou deixou muita gente assustada, um tipo de auréola cintilante, tudo foi filmado e teve grande repercussão nos jornais pelo mundo, o que gerou as perguntas: será um ovni? quem sabe um sinal do fim dos tempos,? um fenômeno metereológico? um efeito colateral da dobra do continuum espaço-tempo, causada pela ignição do interruptor da máquina de manipulação dos "wormhole", hum esta última parece a mais provável, porém tirem suas próprias conclusões!
Clique aqui para ver o vídeo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tropicalismo- música como ferramenta cultural

Por: João Deyvid

Foi no final da década de 60 que o Brasil testemunhou o mais importante movimento de contracultura da nossa história: o Tropicalismo movimento cultural que usava recursos como irreverência, improvisação e miscelânia de estilos considerados conflitantes, ocorreu então uma revolução na música popular brasileira, até então dominada pela estética da bossa nova. Liderado pelos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil, o tropicalismo usou conceitos do Movimento Antropofágico de Oswald de Andrade para aglutinar elementos estrangeiros com a cultura brasileira, nascendo assim um novo produto musical que não se prende a barreiras antes impostas pelo muro da cultura inflexível que reinava aqui nas terras Tupiniquins. Com base na contracultura o tropicalismo ressucita referências nacionais antes consideradas cafonas ou em desuso no meio intelectual. O tiro de largada que marcou o nascimento do Tropicalismo foram as apresentações das músicas Alegria, alegria de Caetano, e Domingo no Parque, de Gil em 67 no Festival da Record, ao som de guitarras elétricas as músicas chocam a classe média universitária que não aceitava o "casamento" de estilos. A grande culminância do Movimento se deu com o Disco Panis et circensis (1968) que visita desde o Beatles' style à estética brega, a influência do Rock fica por conta de Os Mutantes, a Bossa refinada esta presente com os arranjo de Duprat e os vocais de Caetano e Nara Leão, contribuíram também para o movimento artistas que não estavam no cenário musical como o Hélio Oiticica (Artista plástico), José Celso Martinez (Diretor teatral) dentre outros. Em 1968 o Movimento chega ao "fim" com o Ai-5 (ato institucional nº5) que decreta a prisão de Caetano e Gil que posteriormente são exilados na Europa.
E em que este movimento resultou? numa renovação da estética músical brasileira, um enriquecimento da nossa cultura, que está bem colocada em um pedestal em comparação a música internacional, uma música Pluralista mas com nossa identidade, foi isso que o movimento nos concedeu, além de ser o mãe do "Mangue Beat" da chamada MPB, e da new tropicália.

Bandas como os Novos Baianos foram as catalisadoras desse novo estilo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Livro-Macbeth

Por: João Deyvid;
Esta é a peça mais maldita de Shakespeare. Poder, ambição, morte e vingança num texto apaixonante e extremamente atual. Macbeth é uma obra monumental conduzida por personagens atormentados, contraditórios e intensos. Tomando como ponto de partida um fato histórico ocorrido na Escócia em 1040, Shakespeare revela toda sua maturidade como escritor e constrói uma fascinante síntese da ambição humana. O livro narra a trajetória do general Macbeth. Um homem brilhante e corajoso, mas que torturado pela ambição, assassina o rei Duncan I para se tornar o novo monarca da Escócia. Bom esta é com certeza a obra mais visceral do gênio Inglês, e a que mais gosto dentre todas as suas peças, uma livro indispensável para os apreciadores da boa leitura. recomendo a todos.

DVD- Presságio


Por: João Deyvid;


Em 1959. Um grupo de alunos faz alguns desenhos sobre como imaginam que será o futuro. Eles serão guardados em uma cápsula do tempo, que apenas será aberta daqui a 50 anos. Um deles, feito por uma garota, traz uma série de números aleatórios, que ela alega terem sido ditos por alguém que não vê. Meio século depois a cápsula é aberta e este desenho chega às mãos de Caleb Koestler (Chandler Canterbury). O pai dele, o professor de astrofísica John Koestler (Nicolas Cage), percebe que trata-se de uma mensagem codificada que prediz as datas e os números de mortos de cada uma das grandes tragédias ocorridas nos últimos 50 anos. John passa a investigar melhor o desenho e descobre que ele prevê mais três catástrofes ainda não ocorridas, a última delas de proporções globais, envolvendo profécias bíblicas referentes ao destino da humanidade, um excelente filme, recomendo a todos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

The Losers vai virar filme


A HQ indicada em 2004 ao Eisner Awards na categoria "Melhor série nova", The Losers (Os fracassados) será transformado em longa-metragem pela DC Comics e Warner Bros Pictures.
Na trama, um time de ex-operativos secretos da CIA decide lutar contra a agência depois que sua antiga empregadora decide matá-los. Aparentemente, eles descobriram algo que não deviam saber durante uma operação ultra-secreta na Guerra do Golfo II. Foram, então, declarados mortos em ação e agora conseguiram os meios para a vingança.
Os produtores serão os experientes Peter Berg e Akiva Goldsman .

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Planetary 27 em resumo (finalmente).


Pronto o mundo já pode chegar ao seu fim em 2012 , pois enfim tudo está completo, "em parte conhecíamos" agora vemos o que é completo, acha que estou exagerando? (então vc não leu Planetary). Deixo-vos com o resumo da ultima edição



"Finalmente a última edição de Planetary e se ela não é a melhor, talvez seja a que mais Warren Ellis teve de estudar para escrever. Precisa falar que vem spoilers de montão e que eu vou resumir a edição inteira?

Começamos a edição um ano após a queda (literal) de Randall Dowling e os Quatro. O mundo, como Elijah havia prometido, mudou. Todas as tecnologias de Dowling estão sendo divididas com o povo através da Fundação Planetary ou a Corporação Hark. Sistemas de comunicação intra espacial instantânea, tecidos de hiper colimação para escudos anti bombas, "Estações de Vida" que proporcionam água, proteinas, calor e luz de graça para a população são algumas dessas tecnologias em uso.
Porém, apenas um ano após a última edição, apenas 20% dos dados de Dowling haviam sido analisados e Elijah não está feliz com isso. Juntando-se a Jakita e o Baterista, eles começam a rever os eventos da morte de Ambrose Chase. Desde a criação do universo ficcional até a invasão e Ambrose sendo baleado. Só que o Baterista diz que, como Ambrose pode manipular a realidade a seu bem entender, ele pode muito bem ter se prendido em uma bolha de tempo congelado e ainda estar lá, evitando morrer. Elijah e o Baterista ficam conversando sobre isso e Jakita está mais entediada que o normal.
Ainda, o Baterista diz que Dowling tinha uma teoria sobre viagem no tempo, que nunca havia sido aplicada, porém estava totalmente montada em seus arquivos. Só que, para ele, ela não ajudaria, porque não dá para voltar no tempo. Eles só poderiam voltar no tempo até no momento em que ligassem a máquina, colapsando todos os futuros possíveis em um só, afinal, no momento em que ligassem ela, as incertezas da realidade deixariam de existir, ficando apenas aquele futuro e passado certos, o que poderia causar um estrago enorme no tecido da realidade.
Todos aqueles que tivessem acesso à Máquina do Tempo no futuro só poderiam voltar até o momento em que esta fosse ligada, o que iria causar com que todos os futuros possíveis que colapsaram surgissem naquele exato momento para ver a criação da viagem no tempo.

No local onde Ambrose foi baleado, a nave que viajou ao universo ficcional ainda está no hangar, só que dessa vez a operação é do Planetary e todos estão criando suas teorias sobre o uso da máquina do tempo e de como salvar Ambrose. O Baterista precisa inicialmente verificar a presença de radição residual que acusem a presença de Ambrose preso na sua bolha fora da realidade. Depois disso, para energizar a máquina do tempo, eles precisam de enormes quantidades de energia. Agora é que Ellis faz o leitor ter uma leve viagem no ácido.

Se Ambrose estiver lá, ele estará gerando algo conhecido por Espuma Quântica, que é sinal externo de algo estranho e desfigurante está afetando a realidade. Se ela puder ser visualizada, parecerá com centenas de tornados dentro de uma caixa. Esse vórtice criam vácuos que geram energia chamada energia de ponto zero, ou seja, energia que vem de lugar nenhum, ou seja, Ambrose vem gerando energia para salvar a si mesmo desde o princípio.
Após isso, o Baterista fala sobre o loop de luz que será usado para abrir o portal da máquina do tempo e trazer Ambrose para o futuro usando as próprias energias dele. Enquanto conversam, o grupo de investigadores do Planetary acha o ponto em que a radiação está concentrada e é precisamente onde o Baterista havia dito que Ambrose havia sumido. Enquanto os sistemas de imagem são instalados, Jakita e Snow conversam. Ele está extremamente irritada por não poder acertar ninguém e sabe que isso é muito superficial da parte dela.
O Baterista começa os procedimentos e vemos tudo como ele descreveu, a espuma quântica e de dentro dela, uma forma que mostra Ambrose na pose em que estava quando desapareceu.

Com a confirmação de que Ambrose está vivo, eles montam a máquina do tempo ao redor do local e preparam seu uso. O Baterista ainda tem suas dúvidas, mas Snow diz para ele se preocupar com a máquina e os gatos dele (se referindo ao gato de Schrodinger) que ele se preocupa com o futuro. Antes que o Baterista acione a máquina, Elijah diz que ele e o sr. Heisenberg irão acionar a máquina (Heisenberg é o criador da Teoria da Incerteza que, em escala microscópica, trata da incerteza a respeito da posição de uma partícula se tivermos muita certeza de outra que está próxima dela, o que basicamente implica que a certeza do observador se traduz na incerteza da posição da partícula ou sistema), ou seja, Elijah está usando o Princípio da Incerteza ao seu favor por, simplesmente não ter a mínima idéia do que poderá acontecer, tentando aumentar as chances de que o resultado sejam previsíveis conforme a sua intenção.

Ao acionarem a máquina, diversos portais surgem à volta deles e de dentro, várias versões de Jakita, Snow e o Baterista surgem de diversos futuros. Todos para observar a tentativa de resgate de Ambrose Chase. O Baterista consegue estourar a bolha de probabilidade de Ambrose. A máquina começa a desmontar e Jakita pula e a segura até o final do processo quando ela desaba sobre o local onde está a equipe de resgate do Planetary, esfriando o local. Então, como planejado, Ambrose surge, no estado em que se encontrava quando sumiu. A equipe médica age e o estabiliza, mas ele precisa de cirurgia para sobreviver.

Então, surge dos portais uma versão de Ambrose que agradece a Elijah por lhe devolver a vida. E enquanto todos os outros voltam a seus devidos futuros, Elijah diz ao Ambrose salvo que ele só perdeu alguns anos de vida e que agora eles terão um grande futuro a sua frente.

Terminando assim uma das melhores séries de todos os tempos, muitos podem pensar que Ellis pregou uma peça nos leitores, mas, na verdade, o que ele fez foi simplesmente amarrar e mostrar como se poderia salvar Ambrose Chase. Na verdade, essa edição está mais para um epílogo da edição #26 do qualquer outra coisa. Ela não é uma continuação, mas simplesmente foi feita para amarrar a única ponta solta que faltava, que no caso era o salvamento de Ambrose Chase, e isso foi feito maravilhosamente, sem enrolação e sem desviar do assunto.
Os interesses de Elijah Snow e do Planetary foram cumpridos. O mundo é um lugar melhor graças a eles e agora, apenas faltava salvar um amigo perdido enquanto lutava contra aqueles que tornavam o mundo miserável. A estória se fechou harmoniosamente com essa edição, Encerrando A melhor série em quadrinhos dos últimos 20 anos e a melhor depois de Watchmen."

"-Este é um Mundo estranho, vamos mantê-lo assim"
Elijah Snow (personagem de Warren Ellis)


Creditos: Ambrosia, Texto: Jr Dib;

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Darwin estava errado? (os erros do evolucionismo)

Por: João Deyvid;

Por anos a Teoria Evolucionista tem sido apresentada nas escolas, universidades e outros estabelecimentos educacionais com o peso de verdade científica, mas na verdade ela é apenas uma Teoria assim como o Criacionismo, essas duas são as vertentes principais para explicar a criação do universo e do ser humano; porém antes de sair por aí dizendo aos outros como o evolucionismo "provou" que o "homem veio do macaco", seria interessante considerar o que de fato afirma as duas correntes teóricas e os furos que o evolucionismo tem, ou melhor dizendo, quais são suas contradições com as leis científicas.
Charles Darwin verificou que há variações de animais da mesma espécie e teorizou que "a matéria levou formas unicelulares a formas mais complexas", através de sucessivas transformações ocorridas durante milhões de anos. A isto chamou seleção natural.

O evolucionismo não se encontra em conformidade com conceitos básicos do conhecimento científico, leis que regem todo o funcionamento do Universo. É preciso ter mais fé para crer no Evolucionismo que no Criacionismo. Analise bem:
I - A teoria fere as leis da termodinâmica. Há duas Leis da Termodinâmica que comprometem a Teoria da Evolução: A Lei da Conservação da energia e a Lei da Termo II
A Lei da Conservação de Energia. Ela nos diz que a energia não poder ser criada nem destruída, mas pode adquirir várias formas, inclusive a massa.

A Lei da Termo II, A Segunda Lei (Termo II ou Lei de Transformação de Energia) afirma que a energia se move em níveis mais organizados para níveis menos organizados. A Termo II age ficando com menos do que antes. A energia "perdida" é acumulada na forma de uma energia indisponível, a qual mede o grau de desordem de um certo sistema. Essa energia é chamada de entropia.
II - A teoria fere a Lei da Biogênese; Essa Lei, do francês Louis Pasteur afirma, que matéria inanimada não pode criar materia animada, mas matéria animada pode criar ambos tipos de matéria, então a vida não poderia surgir de uma explosão (só algo vivo pode gerar outra vida).
III - A teoria fere a Lei de Causa e Efeito. A Lei da Causa e Efeito diz que "nenhum efeito é qualitativamente ou quantitativamente superior à causa". Portanto, uma ameba não pode produzir um homem, nem tampouco o "big bang" poderia criar a complexidade do universo.
Como diria Elijah Snow (personagem do Warren Ellis) "Este é um mundo estranho"; por que a teoria que mais entra em desacordo com as leis estabelecidas pela ciência é a mais difundida como sendo verdadeira? a verdade é que há um grande esforço em acreditar que existe uma explicação plausível para o universo criado sem a existência de um "Deus", um esforço tão grande que atropela a própria física e biologia.


domingo, 11 de outubro de 2009

Cinema

Surrogates (Substitutos)

Por: João Deyvid;



Está nos cinemas a adaptação da HQ Surrogates - de Robert Venditti e Brett Weldele, publicada nos EUA pela Top Shelf em 2005.
Na trama, ambientada em 2054, quase todo mundo trocou sua vida normal pelos androides substitutos da Virtual Self, que fazem tudo sem que você tenha que sair de casa. Um terrorista tecnológico, porém, quer sabotar esse novo mundo perfeito, e começa a assassinar os androides. Cabe a dois policiais impedi-lo - um homem de verdade (Bruce Willis), que evidentemente cuida do caso à distância, e a sua cópia-androide, que fica com todo o trabalho pesado.
Os roteiristas Michael Ferris e John Brancanato e o diretor Jonathan Mostow, mesmo time de O exterminador do futuro 3, são os responsáveis por Surrogates. A estreia acontece no Brasil em 9 de outubro, com o título Substitutos.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Warren Ellis Ensina a Roteirizar

por: joão Deyvid;



É com grande prazer que vos apresento o mestre da escrita, conhecido como "o Inglês maluco" o genial Warren Ellis; no texto a seguir Ellis ensina a receita do sucesso (no sentido qualitativo) de um roteiro, fiquem agora com o melhor:

"A pergunta que mais me fazem é "que conselho você pode me dar sobre escrever Quadrinhos?" Os detalhes variam e, às vezes, há uma questão que se segue. Mas é a mesma pergunta de cara.
Bem, veja. Há alguns lugares diferentes sobre escrever quadrinhos no meu site. Que é http://www.warrenellis.com/. Fácil achar. Os artigos estão na seção "Writing" [Escrever], e na área "Gutters" ["calhas", ou os "brancos" entre um quadrinho e outro] da seção sobre escrita. Dê uma olhada nelas.
Mas o que vou fazer aqui, só para ser um Cara Legal e te ajudar, é dar a você o Guia do Blefador para Digitar Histórias Com Poucas Palavras e Desenhos Grandes. Que é o termo técnico para Histórias em Quadrinhos que Scott McCloud deixou de fora no seu DESVENDANDO OS QUADRINHOS [UNDERSTANDING COMICS].
Não, sério.
1. PREPARAÇÃO
Tranque seus gibis num armário por enquanto. Você vai à biblioteca. Não se pode aprender a escrever lendo gibis. Você vai ler alguns livros de verdade por enquanto. Assim é como todo escritor que conheço aprendeu a escrever: estudando grandes escritores e aplicando as lições aprendidas para seus próprios interesses e objetivos. Você não conseguiu Alan Moore sem Thomas Pynchon, você não conseguiu Eddie Campbell sem Henry Miller, nenhum Grant Morrison sem William Burroughs. Olhe o modo como escritores sérios estruturam suas histórias. Olhe o modo como apresentam o diálogo. Olhe os efeitos que eles conjuram, e esquematize como eles fazem isso. Fique um tempo com Dickens. É, é, eu sei. Cale a boca. Ele tem aplicação especial nos Quadrinhos, porque Quadrinhos ainda são uma forma seriada, e Dickens é o escritor da língua inglesa mais eficiente neste formato que já existiu. O ponto é: entenda como os meninos e meninas grandes colocam palavras juntas no Mundo Real. Ache o que você gosta. Encontre o que funciona para você. E traga isso de volta.
Agora você pode desenterrar seus gibis de novo. Porque você vai destruir suas chances de jamais ter um simples divertimento com eles de novo. Você vai se sentar com aqueles que acha que são realmente bons e vai rasgá-los para descobrir o que está dentro deles. Frank Miller não conseguiu ser Frank Miller até que rasgou e abriu Will Eisner e Johnny Craig e Bernie Krigstein e todas as outras malditas coisas em que ele colocou suas mãos – e descobriu como funcionavam. Você vai ler e apontar e anotar e olhar fixamente pra essas coisas até nunca mais querer vê-las de novo (o efeito se desfaz em uns dez anos).
Você no momento tem quatro ferramentas-extra disponíveis consigo. E pode se considerar sortudo pra cacete por tê-las, porque elas não estavam por aí quando eu era um garoto, vivendo numa vala ao lado da estrada.
São livros.
QUADRINHOS E ARTE SEQÜENCIAL [COMICS AND SEQUENTIAL ART] e GRAPHIC STORYTELLING de Will Eisner. Will Eisner é com certeza o maior inovador ainda vivo do formato Ocidental, e eu diria que ele esqueceu mais sobre Quadrinhos do que a maioria do resto de nós sabe na realidade – mas ele não esqueceu, porque colocou nesses livros. Eles vão te fornecer muitas teorias para considerar, e conselhos para você pegar ou largar à medida que constrói sua própria abordagem, e eles também vão te ajudar a começar a escrever visualmente.
DESVENDANDO OS QUADRINHOS [UNDERSTANDING COMICS], de Scott McCloud, é uma boa e longa olhada em toda a mídia [de HQ], em escala global, esgueirando-se por dentro dela para mostrar a você o material bom. Eisner e McCloud são ambos escritores/desenhistas, então a experiência deles na mídia pode não ser a sua, mas são todos livros fascinantes e educativos.
WRITERS ON COMICS SCRIPTWRITING [ESCRITORES FALANDO DE ROTEIRIZAÇÃO DE QUADRINHOS] é um compêndio de entrevistas exclusivas com escritores de quadrinhos, cada qual acompanhada de uma amostra da sua escrita, tirada das páginas de roteiros originais. Foi publicado pela Titan Books em 1999 [Nota: não no Brasil, blé]. Os entrevistados incluem Garth Ennis, Frank Miller, Grant Morrison, Neil Gaiman e eu. Entenda, esses livros não são bíblias. São visões atentas e informadas sobre a mídia por pessoas que têm feito isso há mais tempo que você.
2. O FORMATO
Há duas maneiras geralmente aceitas de escrever um roteiro para quadrinhos. A primeira é o estilo desenvolvido por Stan Lee para escrever pencas de malditos gibis por mês. Quando deu o pontapé inicial na Marvel Comics nos anos 60, ele era muito por sua conta responsável por alimentar uma manada bem grande e crescente de desenhistas, em mais de meia dúzia de títulos por mês. QUARTETO FANTÁSTICO, HOMEM-ARANHA, OS VINGADORES, quaisquer gibis em que o DR. ESTRANHO e HOMEM DE FERRO e CAPITÃO AMÉRICA e todos aqueles outros personagens estivessem aparecendo... ele escrevia todos. Era uma produção heróica, uma explosão assustadora de poder criativo sustentado. Mas vai ficar claro que nenhum ser humano pode produzir essa quantidade de roteiro completo [full script] dentro daqueles prazos – e ele estava editando a maldita linha de revistas também, lembre-se.
(Suspeito que haja um livro sobre esses primeiros dias da Marvel que precisa ser escrito – sempre me pareceu ser o Velho Oeste das publicações de quadrinhos; homens estranhos de meia-idade batendo sem parar nas teclas e pranchetas noite adentro, sendo capazes de suportar-se tempo suficiente para produzir esse monte de trabalho seminal, destruidor da saúde.) Então Stan Lee desenvolveu o que chamamos hoje de Marvel-style [estilo Marvel]. Isso envolve primeiro separar a história em prosa, muito rusticamente, deixando para o artista interpretá-la, traduzi-la em quadrinhos desenhados. Essa fase é chamada de Plot [Argumento], e normalmente se parece com isso:
PÁGINA UMMad Joe Babymaker ["Zé Maluco Faz-Neném"] abre com um empurrão a porta da cabana, usando seu uniforme roubado da polícia, armado com seu diaparador de pregos e carregando sua sacola de testículos decepados. Dentro da cabana, na cama improvisada feita de caixotes e pessoas galesas, sua bela esposa e assassina psicótica Silky ["Sedosa"] está violentamente cavalgando Kurt Busiek [Nota: famoso roteirista de super-heróis]. Mad Jack liga com um tranco seu disparador de pregos – o cano gira em velocidade num zumbido horrível. Ele está mortiferamente enraivecido. "Kurt," ele diz. "Eu tenho negócio a resorver contigo, seu bastardo manchado de bebida suja."
Sim, você está certo. Essa página de argumento foi mesmo tirada do novo título de Rob Liefeld, YOUNGBLOOD; SHAG ME BACKWARDS, A NEW GENERATION BABY [YOUNGBLOOD; ME COME POR TRÁS, UMA MINA DA NOVA GERAÇÃO]. Desculpe por isso, Rob.
Mas você pegou a idéia. Você transmite o que precisa acontecer em cada página para o desenhista, que então interpreta isso. Estou cuidadosamente usando essa palavra, "interpretar". Desenhistas não são como você e eu. Os cérebros deles não têm a fiação montada da mesma forma. Para usar meu exemplo favorito, um exemplo da vida real -– onde você vê uma cena com dois personagens conversando entre si, explicando partes cruciais do enredo e construindo sua personalidade, um artista pode ver a oportunidade para uma imagem muito muito grande de um dinossauro. Quer dizer, se você estiver trabalhando com George Pérez, você tem cobertura. George é um excelente contador de histórias. George vai cuidar de você e na realidade vai fazer você parecer melhor do que você é de verdade, como descobri. Mas vamos encarar os fatos. George é ocupado e as chances são boas de você conseguir [trabalhar com] o Caipira [Hillbilly Guy]. O Caipira tem três olhos, está fodendo a mãe, a prima e a irmã e são todas a mesma mulher, e ele acha que troncos e esquilos mortos são realmente 'bunitu'.
Então eventualmente a redação editorial vai mandar pra você a arte para completar a segunda fase do seu trabalho. Essa fase, confusamente, é chamada Roteiro [Script]. Aqui, você tem de escrever o diálogo, casando-o com a arte. Aí é que a dor do Marvel-style penetra na pele. Na Página Um, você planejou a revelação que Silky Babymaker estava dando uma com Kurt, o terror da bebedeira-de-cerveja-caseira-dos-sete-mares-e-banheiros-externos de todos os lugares. Mas o Caipira te deu uma página de imagens belamente representadas por troncos com cortes em talhos, esquilos mortos pendurados em toda volta. Ah, merda, você diz. Ah, merda.
Mas você tem de colocar diálogo nisso de qualquer forma. De fato, com mais freqüência que se espera, você precisa marcar na fotocópia da arte onde o diálogo deve ir. Considera-se de certa ajuda se você numerar cada pedaço de diálogo seqüencialmente, e casar esses números com os que você colocou nas indicações da arte. Então se a primeira fala é Silky berrando "Oh meu Deus! Eu só caí em cima dele, sério!", então você desenha um balão vindo da boca da moça com um número 1 nele, e a primeira fala do roteiro dessa página diz:
SILKY 1; "OH MEU DEUS! EU SÓ CAÍ EM CIMA DELE, SÉRIO!"
Cristo, mais de mil palavras já. Continua na edição seguinte.
créditos: angelfire.com

domingo, 27 de setembro de 2009

Dica de livro: "Porque a s coisas nunca dão certo"


Por João Deyvid;




Ou "O Princípio de Peter Passado a Limpo" (de Laurence J. Peter ) este é um dos meus livros de cabeceira favoritos, uma obra que com certeza se destaca das outras em seu gênero, o livra traz a tona a revelação do Princípio de peter: " Numa hierarquia, todo indivíduo tende a atingir o seu nível de incompetência", é com essa premissa que adentramos numa análise filosófica da incompetência humana, Laurence J. Peter aborda de forma irônica e por vezes divertida, várias facetas de nossa imcompetência em diferentes setores da sociedade, seja no campo social, militar, político, educacional e etc; Uma vez entendido o princípio de Peter, torna-se perceptivel o caminho da incompetência e os modos de evitá-la, o próprio escritor descreve sua fuga da constante incompetência no meio hierarquico (sempre com bom humor). Dentre os vários exemplos trazidos no livro, o capítulo Inteligência militar-que traz o slogan "Uma contradição em termos- é com certeza o que mais rende boas risadas. Filosofia, história, cultura e bom humor são os ingredientes deste grande livro.








Recomendo a todos!!